- Quando te amei
- tu disseste que não
- e eu longe naufraguei
- no olho do dragão
- Andei à deriva sem parar
- ausente noção do tempo
- perdido quis me achar
- sem culpa ou alento
- Quis que fossemos um só
- amei-te profundamente
- a paixão não surge do pó
- cria-se do barro e da semente
- Mas não tinhamos a semente
- e dizer que estivemos perto
- a mais linda flor condescendente
- nasceu do promíscuo deserto
- E tudo o que fazias
- eu achava-me em ti
- criavas os meus dias
- e a felicidade que nunca vi
- Nada havia a provar
- a não ser a opinião contrária
- como podemos ganhar
- se a vontade é arbitrária
- E tratamo-nos mal
- as ofensas sem amor
- é imensamente desigual
- a factura do desamor
- O amor não tem significado
- escravizou-me na sua essência
- decifrar esse código privado
- é mergulhar na batismal magnificiência
- Mas amo-te e tanto me faz
- se o diabo conspira pela calada
- o que realmente me apraz
- é a labareda consagrada
- E quando abrir os olhos
- e ver a realidade presente
- as chaves são aos molhos
- separando o pássaro da comum gente
- Autor: The Ugly
sábado, 7 de novembro de 2009
O pássaro da comum gente...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Lindo...
Enviar um comentário