quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

The Shape Of My Heart



He deals the cards as a meditation

And those he plays never suspect

He doesnt play for the money he wins

He doesnt play for the respect

He deals the cards to find the answer

The sacred geometry of chance

The hidden law of probable outcome

The numbers lead a dance

I know that the spades are the swords of a soldier

I know that the clubs are weapons of war

I know that diamonds mean money for this art

But thats not the shape of my heart

He may play the jack of diamonds

He may lay the queen of spades

He may conceal a king in his hand

While the memory of it fades

I know that the spades are the swords of a soldier

I know that the clubs are weapons of war

I know that diamonds mean money for this art

But thats not the shape of my heart

Thats not the shape, the shape of my heart

And if I told you that I loved you

Youd maybe think theres something wrong

Im not a man of too many faces

The mask I wear is one

Those who speak know nothing

And find out to their cost

Like those who curse their luck in too many places

And those who smile are lost

I know that the spades are the swords of a soldier

I know that the clubs are weapons of war

I know that diamonds mean money for this art

But thats not the shape of my heart

Thats not the shape of my heart

Gostava de ter escrito este poema! É lindo>>The Ugly

domingo, 16 de dezembro de 2007

"The longest way around is the shortest way home"


O paradigma de viver
está na nossa mão
basta colher o espinho
que brota do chão
Autor: The Ugly

sábado, 15 de dezembro de 2007

Quem tu serás


Quando parti
há algum tempo atrás
logo me esqueci
de quem tu serás

Vive de fracas memórias
recordando o passado
enumera os erros das histórias
que o têm atormentado

O sorriso ausente
a cadeira vazia
o silencio permanente
da triste agonia

Afastei-me de ti
porque já não aguentava
algo senti
com força me empurrava

Assim estamos longe
mas em sangue unidos
duas metades separadas
dois corações partidos

Autor: The Ugly

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Parvo por tentar

Sempre me contentei
com uma mão cheia de nada
e nunca perguntei
o porquê da cara fechada

Alguém que nunca esquece
e ambiciona o copo meio cheio
a duvida permanece
se algo o divide ao meio

Sou um parvo
parvo por tentar
é mais um estrago
e isso faz-me perguntar

Depois de mil incertezas
e sabendo as probabilidades
dissipam-se as fraquezas
e chegam as realidades

A realidade dura e cruel
não perdoa o diferente
mas o feio executa a pincel
uma obstinação persistente

O tolo pensa vir a ser
um dia amado
mas até esse dia aparecer
o mundo terá acabado

Sou um parvo
parvo por tentar
é mais um estrago
e isso faz-me perguntar

O que determina
a sorte ou azar
é a conduta que ensina
os buracos a evitar

Tenho um vazio
uma noite pela frente
neste ambiente tardio
perco-me de toda a gente

A doçura do amar
não é para este cão vadio
a corda passa a roçar
uma nesga de luz no fastio

Não sou tão cego
para não ver
que não carrego
os atributos para te ter

Falta-me quase nada
mas continua a faltar
a gema da vida
que é o teu amar

Sou um parvo
parvo por tentar
é mais um estrago
e isso faz-me perguntar

Autor: The Ugly

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A barca do inferno

Nasceu pobre
e pobre acabou morto
não era nenhum nobre
mas um espirito torto
O cura bem o avisou
mas não quis saber
agora que vida acabou
ao purgatório foi bater
O pobre estava absorto
não queria acreditar
aquele não era o porto
onde pretendia estar
Devagar e suavemente
a barca deslizava
uma calma aparente
onde o mal imperava
Á barca á barca
o que vejo eu
uma alma encomendada
algum fariseu

Entre a densa neblina
o pobre vê chegar
a maldita concubina
que o vai transportar

Á barca á barca
vamos a entrar
aqui tudo embarca
o meu amo ñ pode esperar
Não vou entrar
estás enganado
vai-te e leva contigo essa barca
seu ser amaldiçoado
Recusas a entrar
na barca da salvação
mas que triste errar
meu pobre irmão
Ali para onde vou
nenhum pecador
será julgado
aqui tudo mudou
o ser será libertado

Porque me tentas
da realeza não sou
deixa-te de tormentas
eu contigo não vou

Porventura não morres-te
pobre e amargurado
ali terás riquesas
que nunca tinhas imaginado

Á barca á barca
que se faz tarde
trás a tua saca
não sejas cobarde

Porque esperas barqueiro
vamos partir
já não há nevoeiro
a sorte está-me a sorrir

O mar está de ocasião
uma esfinge de calma
oh jubilo de compaixão
o salvar de uma alma

Escuro profundo
calor impiedoso
um buraco sem fundo
num lugar cavernoso

Navegamos devagar
nas águas paradas
ouvem-se cantar
as almas penadas

O cheiro a enxofre
uma brisa ardente
um tapete vermelho
o sorriso da serpente

Oh barqueiro onde vamos
onde é a festa
que nunca mais chegamos
a tempo da cesta

Não tenhas pressa
não grites ao vento
poupa a tua voz
para o teu julgamento
Autor: The Ugly